3.08.2010

Floresta Autóctone

Floresta Autóctone



A floresta natural e nativa, ou autóctone, de Portugal é composta por uma grande variedade de árvores, arbustos e muitas outras plantas. O termo autóctone é sinónimo de nativo ou indígena, isto é, diz respeito a seres vivos originários do próprio território onde habitam.(Confragi, 2006). As árvores mais frequentes são por exemplo o medronheiro, o zambujeiro (ou oliveira brava), os carvalhos incluindo a azinheira e o sobreiro. Árvores já muito raras são o azevinho e o teixo. Como exemplos de árvores junto aos cursos de água, ou ripícolas, temos o amieiro, a bétula, o freixo, os choupos, o salgueiro e o ulmeiro. Arbustos típicos são por exemplo o pilriteiro (ou espinheiro) e a aroeira.
Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), uma floresta corresponde a uma área com mais de 0.5 ha, grau de cobertura arbórea (copas) superior a 10-30% e com árvores cuja altura, naquele local e na maturidade, tenha potencial para atingir 2 a 5 metros. Inclui também zonas integradas na área florestal que estejam temporariamente desarborizadas, mas para as quais é expectável a reconstituição do coberto florestal.
Cerca de 38% do território continental português é constituído por área florestal, representando uma mais-valia efectiva na conservação da Natureza e da Biodiversidade, na produção de oxigénio, na fixação de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono), protecção do solo e manutenção do regime hídrico (Pereira et al., 2004). Para além do seu valor ambiental, grande parte das áreas de bosques autóctones são componentes importantes no pastoreio de percurso de ovinos, na actividade apícola e no suporte aos cogumelos silvestres. Caracterizam-se por uma elevada densidade florística que proporciona importantes locais de refúgio e reprodução para grande número de espécies autóctones de fauna, contribuindo para o estado e evolução populacional de espécies como o Corço, o Javali e o Lobo dependem em grande medida da existência e estado de conservação destas manchas florestais.

Os carvalhos autóctones, que constituem apenas 4% da nossa floresta actual, não possuem qualquer protecção legal, apesar da sua elevada importância ecológica pela diversidade de vegetação e de fauna silvestre que albergam.

Infelizmente, a área ocupada pela floresta natural no nosso país tem vindo a diminuir de forma constante e, desde há 500 anos, de forma drástica, devido à ocupação de terrenos para a agricultura, a pastorícia e monocultura de árvores, como o pinheiro e o eucalipto, devido ao fogo, etc. O grande declínio das nossas florestas acentuou-se na época dos Descobrimentos devido à construção naval, época em que foi iniciada uma política de arborização composta essencialmente por pinheiro-bravo, espécie bem adaptada e de rápido crescimento, que culminou com a criação dos Serviços Florestais e a política florestal do Estado Novo transformando as nossas serras em imensos pinhais. A partir de 1975, aumentam vertiginosamente os fogos florestais e, na sequência desta devastação, tem-se assistido à ocupação sistemática por eucaliptos e acácias.
Da opulenta e grandiosa floresta pós-glaciária, imensa selva que revestiu o globo há muitos milénios atrás, bem se pode dizer que apenas hoje subsiste mesquinho e transfigurado espólio. Em nenhum outro património natural se exerceu, com tão grande amplitude, o poder destrutivo do homem; e ao contemplarmos hoje os mesquinhos e arruinados vestígios da esplendorosa floresta primitiva, quase acreditamos que os passos da humanidade, no envolver dos milénios, foram alumiados pelos trágicos clarões da floresta incendiada, [...] pelo ecoar lúgubre dos golpes de machado e pelo ruir pungente dos esbeltos gigantes vegetais, vítimas de fúria insana de devastação e de pilhagem (J. Vieira Natividade, s/d). Sem a devida protecção legal, não se conseguirá travar o desaparecimento desta importante e singular floresta autóctone - os carvalhais portugueses.

Floresta Autóctone A preservação de muitas das espécies autóctones passa, também, pela sua utilização na recuperação de áreas ardidas; como elementos de descontinuidade nos povoamentos de monoculturas; como espécies de bordadura nos povoamentos; na protecção dos leitos das linhas de água e nos jardins e espaços verdes. E, todavia, os Portugueses não se mostram muito conhecedores das espécies autóctones e da sua adequação aos meios que as viram nascer, prosperar e perdurar (Valente de Oliveira, 2006). “Esperamos que todos saibam reconhecer o valor das florestas naturais de Portugal para que as futuras gerações ainda as possam conhecer e usufruir delas” (Quercus, 2004).

1.21.2010

Azevinho

Azevinho, planta de bom presságio.

No inverno não vem apenas o frio e a chuva, somos também brindados pela vida e cor de diversas espécies de plantas que nesta altura florescem ou frutificam. É também nesta época que somos brindados com o vermelho da poinsética e o verde dos pinheiros e azevinhos. O azevinho é uma espécie protegida, mas porque não a plantar no jardim? Ou mesmo em casa, num vaso?
O azevinho está, desde sempre, ligado a tradições. É um a árvore ou um arbusto de folha persistente, chega a atingir mais de 15 metros. Da família Aquifoliaceae, é considerada uma espécie de crescimento lento que surge nos matos, bosques, sebes e valados de toda a Europa, podendo viver 100 anos.
Características morfológicas
O azevinho possui um tronco direito e ramos horizontais. Nos ramos novos a casca do tronco é lisa e esverdeada enquanto os velhos são um cinzento claro. As folhas têm uma forma oval e a lanceolada, podendo atingir os 10cm de comprimento e os 5cm de largura. A sua consistência é dura e rígida, com uma cor verde-escura e muito brilhante. As margens são onduladas e possuem dentes espinhosos. Os gomos são verdes pequenos e pontiagudos.
A Floração ocorre entre Abril e Junho. As flores têm cor branca ou rosácea.
A época de frutificação ocorre de Outubro ocorre de Outubro a Dezembro mas apenas nas plantas fêmeas: Os frutos são umas pequenas drupas redondas, cujo diâmetro oscila entre os 7 e 10mm. Não são comestíveis, pois possuem uma substância, que os torna tóxicos. No entanto são muito atractivos para os insectos pela sua cor vermelha ou amarela-viva.
Multiplicam-se muito bem por semente, por estacaria ou excerto e a propagação é feita por mergulhia. São plantas muito resistente á poluição mas muito sensíveis às pragas como as cochonilhas ou doenças como a fumagina, sendo contudo muito fáceis de tratar.
O azevinho é uma espécie associada a algumas tradições. Deixamos aqui algumas crenças antigas e curiosidades:
Na Roma antiga, os vizinhos trocavam os azevinhos entre si, como sinal da sua amizade;
Um beijo trocado entre namorados debaixo de um azevinho é uma tradição que remonta ao tempo dos Druitas, em Inglaterra;
Uma crença pagã diz-nos que servia para proteger a casa e a família, pois colocado na entrada do lar impediria os espíritos malignos de passarem a porta;
Simboliza a vida e o bom presságio.

11.25.2009

21 de Novembro





21 de Novembro 1700 novas árvores plantadas na serra da Aboboreira

Os elementos do clube Foto-Jardinagem participaram activamente no dia 21 de Novembro, no projecto “Criar Bosques, conservar a biodiversidade” . Trata-se de um projecto que tende a conservar, criar e cuidar de bosques com espécies autóctones, potenciando as diversas valências que estes encerram, através de acções de manutenção e recuperação da floresta original. O evento foi desenvolvido em parceria com a Associação Ambientalista Quercus a Câmara Municipal de Baião, Caixa Geral de Depósitos e do Clube da floresta - Noitibó. Teve ainda a preciosa colaboração dos Bombeiros Voluntários de Baião e dos Sapadores Florestais da Associação de Entre Douro e Tâmega, foi possível passar um dia à volta da natureza e assinalar o Dia da Floresta Autóctone (23 de Novembro). A plantação decorreu zona do Dolmen de Chã de Parada e do lugar da Senhora da Guia, freguesia de São João Ovil. O Director da Escola EB2,3/S de Baião, professor Carlos Aberto, e autarcas de freguesia como Filipe Fonseca, de Ovil, e a vereadora da Câmara de Baião Ivone Abreu e representante dos Encarregados de Educação da referida escola, marcaram presença e deram o seu contributo.
A actividade foi desenvolvida com muito ânimo e satisfação, as condições climatéricas contribuíram para a plantação de 1700 novas árvores na Serra da Aboboreira. A chuva foi muito bem-vinda, porque fortaleceu os jovens espécimes de Carvalho Negral, Vidoeiro e Castanheiro. A plantação decorreu entre as 10h00 até às 13h00, a iniciativa foi muito positiva porque visa a valorização da natureza e o respeito pelo meio-ambiente e das actividades de contacto com a natureza. O trabalho foi realizado em equipa e depois da plantação os participantes tiveram um almoço-convívio servido no refeitório da nossa escola EB 2,3/S de Baião. Parte das árvores foram fornecidas pela QUERCUS e o clube Foto-Jardinagem recorreu ao Centro Florestal de Amarante, que desde sempre se mostrou disponível.
Hoje é reconhecido o papel fundamental que as florestas têm na conservação do solo, na regulação do clima e do ciclo hidrológico, enquanto suporte de biodiversidade, sumidouro de CO2 e elemento importante na produção de matérias-primas fundamentais à nossa vida quotidiana. Em Baião, grande parte da floresta natural desapareceu ou está muito alterada, sendo já raras algumas das nossas árvores autóctones. A actividade alertou para a importância da NATUREZA e a urgência em a conservar e respeitar. Foi uma actividade cheia de VIGOR!
Vamos olhar cuidadosamente para a NATUREZA, ELA AGRADECE!

10.22.2009

15 de Outubro

No dia 15 de Outubro para além da ida à Serra da Aboboreira, apanhamos muitas bolotas de espécie Quercus Pyrenaica e Quercus Robur , foi uma actividade muito agradável e animada. Com esta actividade pretende-se reflorestar a serra com carvalhos dessa espécie.











Somos um grupo de alunos e professores que aprendemos a observar a natureza com muita atenção e respeito!










Vista à Serra Aboboreira



Os elementos do clube Foto-Jardinagem desde o dia 29 de Setembro, têm vindo a efectuar saídas de campo à Serra da Aboboreira, no âmbito da actividade ”As cores da Serra da Aboboreira”. A actividade tem como intuito de sensibilizar os alunos para o Património Natural do Concelho; constatar a perda da biodiversidade da fauna e flora tendo em conta a área ardida e ter percepção da área queimada na Serra da Aboboreira e sensibilizando-os para os problemas ambientais.
Todos os elementos que estão a participar têm feito um magnífico registo fotográfico, onde está presente a mancha negra da área queimada que contrasta com o azul do céu e do romper de novas plantas. Em duas saídas apenas conseguimos ver uma águia e não observamos outro tipo de aves. Na Serra da Aboboreira reina o SILÊNCIO, pois com o fogo tudo desapareceu!












7.03.2009

Azálea

AZÁLEA